Na radiologia muito se fala em sombras e projeções de imagens. A imagem revelada pode, muitas vezes, trazer confusões no diagnóstico preciso. Para isso, devemos lançar mão de uma técnica radiográfica adequada e ter um profundo conhecimento da anatomia maxilo-mandibular. Um exemplo clássico, e que pode prejudicar muito o diagnóstico, é quando o paciente não remove objetos metálicos que estão localizados do pescoço para cima. Tais como: brincos, colares, piercings ou próteses removíveis. Estes objetos, além de formar imagem real na radiografia, podem também formar a famosa IMAGEM FANTASMA. Na radiografia panorâmica, há um exemplo típico de imagens fantasmas. O paciente estava utilizando brincos no ato da exposição radiográfica e como consequência, a imagem real deles aparece projetada nas laterais da radiografia. Porém, o mais preocupante nestes casos, são as imagens fantasmas formadas na mandíbula e maxila, demonstradas pelas setas pretas. Estas imagens, quando não se tem conhecimento suficiente, podem ser confundidas com patologias e assim uma falsa hipótese diagnóstica será gerada. Como radiologistas cautelosos, devemos explorar ao máximo o que uma imagem pode mostrar. Costumo dizer que a imagem COMUNICA, basta a gente ter um olhar demorado sobre elas. Vejam que, o mesmo ocorre nas imagens fotográficas. Nelas, são visualizadas sombras, projeções e efeitos geométricos de imagem, ocorrendo o que chamamos de ilusão de ótica. Só há uma diferença. Enquanto na radiografia isto pode ser um pesadelo, na fotografia isto é ARTE. Alie seus conhecimentos, bom senso e veja o que a imagem fala. A mesma luz que cega, é a que revela belezas escondidas. Descubra...
