segunda-feira, 6 de julho de 2020

Um passado quase presente...
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O poema do trem me fez trilhar os caminhos vividos. Remexer as lembranças fizeram minhas saudades acordarem. Saudade do antigamente. Deixou-me em fiapos. O fios soltos do meu avesso sendo, um a um, unidos por letras que transpassaram a alma. Descarrilou meu coração, no susto! As cores eram vivas. A época, cenas em preto e branco, apenas! O último vagão lançou-me aos primórdios da história. Lá, onde o amor fez morada. Uma inquietação que fez a lágrima escorrer e molhar a página do livro. Aquele, de capa preta, que passava rapidamente por aquela estação que devolvia a vida…Pela janela, a menina de olhos da cor da tempestade, tecia palavras para jogar aos pássaros. Não havia nuvens, apenas o sol a brilhar, no papel. Um livro, uma página, uma história. Todo passado nas (entre) trilhas daqueles trilhos. O bilhete em versos, puído pelo tempo, regressou-me aos jardins da minha alma. Colher destas flores me antecipou a eternidade. Hoje, na primeira luz da manhã, voltei para minha casa, lugar onde a memória resgasta suas asas. Voei. Parti. E quando as águas estavam quase fechando meu verão, ganhei um presente do passado…
( Chrys Capelli )

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